Os meios de hospedagem registraram alta de 19,4% na taxa de ocupação entre junho e julho. O segmento também teve alta na geração de empregos e no número de contratações.
A retomada do turismo para o setor hoteleiro ganhou fôlego em julho deste ano. É o que apontou um levantamento realizado pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), que trouxe uma alta de 19,4% na taxa de ocupação hoteleira entre junho e julho. O índice registrado no último mês, de 44,23%, é o maior desde o início da crise sanitária no país. O destaque vai para a região Nordeste, que aumentou em quase 40% a taxa de ocupação de seus hotéis, ultrapassando mais da metade dos quartos utilizados no período.
Outro destaque da pesquisa foram as unidades do Sul do país, região onde a taxa de ocupação hoteleira apresentou alta de cerca de 32%. A capital gaúcha, por exemplo, se aproximou da metade das unidades preenchidas. No Sudeste, o crescimento chegou a 15,3%, e no Centro-Oeste, o índice avançou 9,4%. A região Norte registrou um leve acréscimo, de 0,46%, permanecendo com mais da metade dos quartos ocupados.
Para o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, os números são resultado de uma vacinação efetiva promovida pelo Governo Federal no país e da segurança da população quanto aos protocolos de biossegurança adotados por estabelecimentos. “O Governo do Presidente Jair Bolsonaro tem avançado cada vez mais na vacinação da nossa população e isso tem garantido uma maior segurança dos turistas na hora de viajar. E não podemos esquecer do nosso Selo Turismo Responsável, que é um incentivo para que os consumidores se sintam seguros ao frequentar locais que cumpram protocolos específicos para a prevenção da Covid-19”, afirmou.
Até o momento, mais de 6,3 mil meios de hospedagem aderiram ao Selo Turismo Responsável, lançado pelo Ministério do Turismo em 2020. O documento é um reconhecimento visual e dá credibilidade às empresas do setor que declararam cumprir protocolos de biossegurança contra a Covid-19. Os estados onde mais hotéis aderiram ao selo foram São Paulo (917), Rio de Janeiro (662) e Minas Gerais (556).
Para obter o Selo Turismo Responsável, que é totalmente gratuito, o estabelecimento precisa estar com a situação regular no cadastro de prestadores de serviços turísticos (Cadastur), acessar o site do selo, ler as orientações e declarar atender aos pré-requisitos determinados. Até o momento, quase 29,5 mil estabelecimentos ou guias de turismo de todo o país emitiram a sinalização.
DADOS REGIONAIS – Um levantamento realizado pelo Ministério do Turismo junto às representações regionais da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) também trouxe bastante otimismo para o setor em alguns estados e cidades do país. Em Salvador (BA), mais de 48% dos quartos estavam ocupados, fazendo de julho o segundo melhor mês do ano para os hotéis soteropolitanos. Ainda no Nordeste, o estado de Alagoas teve 76,92% de suas unidades preenchidas, e no Rio Grande do Norte, o índice atingiu a marca de 51%. Em São Luís (MA) e Fortaleza (CE), os percentuais somaram 60% e 61%, respectivamente.
Na região Sudeste, o estado de São Paulo teve 39,62% de ocupação. O Rio de Janeiro ultrapassou 51% dos quartos preenchidos, com destaque para o município de Vassouras, que registrou 83% de ocupação. No Sul do Brasil, Gramado (RS) atingiu a capacidade máxima (75%). Já Florianópolis (SC) se aproximou dos índices de 2019, de 44,4%, e Foz do Iguaçu (PR) teve o maior índice registrado desde setembro do ano passado, com 35,5% de ocupação.
EMPREGOS – A alta nas taxas de ocupação dos hotéis também gerou mais postos de trabalho para o setor no país. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência, apontaram que o setor hoteleiro contratou mais de 12,7 mil pessoas em todo o Brasil. O número é 30,9% superior ao registrado no mês de junho, quando 9,7 mil trabalhadores foram chamados para atuar em meios de hospedagem dos destinos nacionais.
Desde 2020, o Ministério do Turismo vem adotando uma série de ações em prol da manutenção de empregos e empresas do setor. Entre elas, a liberação de R$ 5 bilhões em linhas de crédito para estabelecimentos afetados pelo coronavírus e a formulação de medida provisória para regulamentar o cancelamento e a remarcação de pacotes turísticos e eventos culturais.
Com informações do Ministério do Turismo